No ceiling

Imagine que passa um furacão,uma guerra,um monstro,que seja;sua casa é totalmente devastada.Suas posses materiais são destruídas.
Até onde sua identidade tbm é abalada?
Não quero menosprezar o desespero de uma situação assim,afinal há preocupações realmente,hm,preocupantes,como a necessidade de começar do zero a busca por provisões.Mas não é apenas isso que traz um grande aperto interiormente;É como se cada ser humano fosse costurado a um cenário de seu cotidiano,e,conforme este é posto em chamas,a pessoa também se sentisse "desfiar".
Pode até ser algo que em pouco tempo se supere,até porque (de certo modo infelizmente-conformismo,passividade,etc) nós somos sempre capazes de nos adaptar.Mas é curioso esse momento inicial,no qual ocorre um lapso de observar um espelho em meio às ruínas e não reconhecer o próprio reflexo.
Apego,para uns mais,para outros menos.Porém sempre presente.

Algo que imagino que rola é uma certa confusão,quando o mal-estar é inscoscientemente atribuído não à necessidade urgente de se virar(talvez na busca de outro abrigo),mas sim à destruição da auto-imagem.
Quer dizer,porra,o planeta é tão vasto,tão cheio de possibilidades,porque buscar se encaixar em apenas uma?!Perrengues a parte,acho que o apego mais saudável é ao desapego.

quem diabos

Voltando a escrever aqui...
Já tenho uns 3 blogs abandonados,se quiser incluir esse,eheh.Acho que é um misto da minha desorganização(que seria necessária para manter o blog de algum jeito "temático") e do meu atrito com a comunicação virtual(odeio falar com alguém por mensagens sem antes ter tido um contato maior pessoalmente,por exemplo).
Além disso,não quero de jeito nenhum ter um diário na internet,e alguns textos tendem a isso....aí vou lá e já deixo de lado.
Bom,foda-se,fora de ordem ou não,sou simplesmente alguém que gosta de chuva e subversão.

Típico

Who invented the typical girl?
Who's bringing out the new improved one?
And there's another marketing ploy
Typical girl gets the typical boy.

Slits

O estuprado todo o dia acaba achando que goza...

Nós somos a sociedade da Quantidade...sempre a quantidade,em detrimento da qualidade.Muitos bens,muitos filhos,muitas 5 estrelas,muitos contatos,muitos clubes.Muito corante,muita purpurina,muita cafeína.Velocidade,conforto.Enfim,nosso progresso.

Agora me diz,de que vale se engasgar de caviar?E depois ter vergonha de admitir a caganeira,secretando-a entre 4 paredes?

Pois é,os buracos do teu interior continuam vazios,e até teu intestino reclama da imbecilidade.

Marchamos para lá e para cá,pontualmente,como ratos encurralados(nota-se no olhar como,embora sempre cheguemos aos mesmos destinos,estamos perdidos).
Toda essa ostentação e puritanismo geram cada vez mais lixo,que se encontra em putrefação interrompida(assim como nossos espíritos).

Não passa de uma luta por sustentar imagens,para a qual valem as contradições.Seja isso,mostre aquilo.Mostre,mostre,mostre,até se tornar.Ou pelo menos não mostre não ser.

Abdicamos de nossos instintos,para nos enquadrarmos em um artificialismo generalizado,e que se estende ao nosso redor:monoculturas vegetais,monoculturas humanas.Desertos da alma e desertos de areia.

Heart shaped box.

"O mundo deles é quadrado, eles moram em casas que parecem caixas, trabalham dentro de outras caixas, e para irem de uma caixa à outra, entram em caixas que andam. Eles vêem tudo separado, porque são o Povo das Caixas...."